Fui viajar. Sem destino e sem planos. Sem rota nem fuga. Só eu e o imprevisível. Quero lhes mostrar uma ‘saída’.
Cidade conhecida. Pessoas familiares. Rotina arquitetada. Essa é uma vida. Boa ou ruim é uma vida. Mas e... Um dia, quem sabe.
Às vezes é bom ir para fora num dia nublado. Às vezes sim.
Vamos virar o jogo. Pegar o mapa e apontar para um local aleatório. Olhar rostos nunca antes vistos. Ver cenários diferentes. Não fazer idéia de aonde iremos e nem com quem voltaremos. Sei lá, pense em algo também.
Ir de ônibus e voltar de carro. Ir com uma bela garota e voltar com um cara inconseqüente. Uma ida demorada e a volta rápida demais. Bebidas alcoólicas e álcool. Doces e chocolate. Mulheres e garotas. Dormir à tarde e perambular à noite. Tomar banho de piscina em uma casa abandonada e dormir em um hotel de luxo. Almoçar na estrada e jantar no campo. Acampar e festejar. Tomar banho de chuva e de chuveiro. Passar o dia em silêncio e conversar horas com uma pessoa desconhecida. Ser diferente tentando não parecer igual. Ser igual aos outros que tentam ser diferentes. Somos os mesmos. Com ou sem linha tênue entre lá e aqui. Com ou sem. Sim ou não. Enfim, ter opções ou não tê-las, mas sempre teremos a espera.
Voltar renovado Ser outra pessoa Evoluir Ter novas idéias e projetos Colocar em prática aqueles velhos planos Repensar sobre o tão inventado sonho Sair do lugar Não participar do óbvio Ser o óbvio Ser quem somos Ser aquilo que merecemos ser Ser ou não ser mas crer Crer naquilo ou em si Crer mais em si ou naquilo Crer em ambos Ou não crer Mas pense E não deixe de viajar ou de vagar Ou quem sabe viaje vagando.
