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Rio Grande, RS, El Salvador
Sarcástico, irônico, sem graça e adora fazer comentários.

quarta-feira, julho 8

(Autor desconhecido)

Tempo.


Amigo? Talvez. Inimigo? Possivelmente.

Não perderei tempo pensando em sinônimos para tempo. Nosso tempo é curto e não tenho tempo para isso.

O tempo é relativo. Já dizia um tal de Einstein. Terei que concordar com esse rapaz.

O tempo que eu passei com ela. Poderia ter sido uma vida ou mais. Nunca seria o suficiente.

Os pensamentos dedicados a uma única e exclusiva direção. Foram longos naqueles segundos.

Nem o tempo que eu perdi foi perdido. Nada foi perdido. Está tudo lá.

As risadas longas, demoradas, duradouras, lentas, vagarosas, morosas, que nós dávamos. É sempre assim?

Meu relógio estava estragado. Sempre era hora de vê-la.

Ah! Naquela noite... Eu posso jurar que naquele dia, a noite durou muito mais.

Uma viagem longa até ela. Pensei em tanta coisa que eu só pensava nela.

Enquanto eu caminhava, poderia sentir, ao mesmo tempo em que eu contava, cada gota de chuva que caía sobre mim.

O tempo que eu a esperei, foi longo, contudo, não mais longo que... Direi agora.

Virei o rosto por alguns milésimos e quando retornei, eu a vi. Como algo surreal, lá estava ela com um fundo escuro e chuvoso- só lembro isso, depois eu só consegui olhar para a pessoa mais... Deixa pra lá.

Os olhos. Eles eram hipnotizantes. Eu me sentia em queda livre. Eu só queria me ver ali. Eu não sabia se ficava correspondendo o olhar ou se caminhava( olhando-a).

O sorriso. Tão meigo e delicado que ao mesmo tempo era sensual e intrigante. Seu sorriso me embriagava. E cada vez mais eu tinha sede. Queria mais.

O rosto. Apaixonante. Perfeito.

O corpo. Poderia ser qualquer um, mas o dela era o ideal. O que todo garoto sonha. Não tão sexy para ser vulgar e nem tão recatado para ser desinteressante. Charmosa e elegante. Poderia conquistar quem ela quisesse. Poderia dar inveja a qualquer uma. Naquela noite, ele só me chamava.

Eu não sei o que é agora. Não sei uma definição apropriada. Serei sucinto, mas creio que será em vão. Tentarei:

NÃO CONSEGUIA ME AFASTAR DELA.

MIL BORBOLETAS ESTAVAM DENTRO DA MINHA BARRIGA.

MEU CORAÇÃO QUERIA EXPLODIR.

SÓ QUERIA TOCÁ-LA. SENTI-LA.

ELE ESTAVA APAIXONADO- e no futuro, iria amá-la como nunca iria se permitir amar novamente.

Consegui? Espero que tenham entendido.

Sim, essa é uma história e como toda boa história o final se aproxima e é trágico. Busquem um copo de chocolate quente e se preparem.

ÚLTIMO ATO

Ela foi embora. Ela ainda mora na mesma rua que ele. Vai aos mesmos lugares que ele. Mas, a menina da galeria na noite chuvosa foi embora para bem longe. Ele foi embora(“ele” entenda-se como ele mesmo). Ela foi feliz durante a vida inteira. Conseguiu forças para alcançar seus objetivos. Nunca o tirou da cabeça.

The end.

O tempo se arrasta. Às vezes acelerado.

Ele tem tudo. E não a tem.

Tem todo o tempo do mundo. E só queria tê-la por um instante.



(Eu queria ter escrito isso...)

domingo, julho 5

Quando eu morrer, levarei comigo meus vasos




Dodô já foi detido ao sair do Cemitério com dois vasos- mas não foi um sequestro. Não sei se concordo com a prisão. Se o dono do túmulo nao prestou queixas, quem sou eu pra julgar?

Acusado de furto, Naldinho confessou na delegacia o crime. Eu não confessaria nem a pau. Principalmente tendo em vista que as testemunhas estão todas mortas.

Imagino ele se defendendo. "Eu não estava roubando. Só estava tirando aqueles vasos dali, pois eles estavam deixando a decoração simplesmente "hor-ro-ro-sa!".

Depois ele tentou disfarçar dizendo que aqueles vasos na verdade eram do túmulo da tia dele. Não colou, pois chamaram a tia pra depor e ela compareceu.

Dizem as más línguas, Rô chorou ao ser preso, mas se recuperou logo.
- Pelo amor de Deus, não digam que eu vou ter que usar aquela roupa listradinha horrivel?
- Não.
- Ai, então eu topo, vai.

Amigos de Ésperzinho acreditam que ele tenha feito isso por amor a arte. Imagino ele no Louvre, saindo do museu com a Mona Lisa debaixo do braço. Seus conhecidos lamentam o ocorrido e atribuem o fato a sua mania de colecionar antiguidades- a Hebe que se cuide e que ele nunca venha aqui em casa, minha mãe é importante pra mim. Se o negócio dele é antiguidade ele deveria ter levado o morto que era mais antigo que o vaso.

Após deixar a prisão ele parecia bastante abalado, mas disse que nada iria impedí-lo de continuar se correspondendo com Pedro Tripé, seu companheiro de cela.

"Pedrinho" por sua vez acusa Nalda(apelido de Ronaldo na prisão e há evidência de que muitas alfinetadas ocorreram) pelo sumiço de um vaso na cela. Ele reclama: "Mas agora onde vou cagar?"

No ateliê de Ésperman, que está funcionando normalmente, nenhum de seus funcionários nunca comentou sobre o ocorrido. Já a gerente geral do estilista achou melhor retirar todos os vasos do local.

Sua assessora disse que ele ficou muito chateado com este mal-entendido.
E o mal-entendido foi o seguinte: Ele roubou essas coisas que não eram suas e lhe pegaram no flagra.

É ele mesmo??

"Qualquer semelhança é mera coincidência. Crônica altamente fictícia"

Este é para loucos


Este é para os loucos, os rejeitados, os rebeldes, os causadores de problemas. Aqueles que não se encaixam em posição alguma, aqueles que vêem as coisas de maneira diferente. Eles não gostam das regras, e eles não têm respeito algum pela situação presente. Você pode copiá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Entretanto, a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los, porque eles mudam as coisas, eles empurram a raça humana para frente, e enquanto alguns podem vê-los como loucos, nós os vemos como gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para acreditar que podem mudar o mundo são aquelas que fazem a diferença.